lunes, 9 de marzo de 2009

Primeira impressão - Cerca del Obelisco

Cuando empiezo a hablar acá siempre digo: yo pienso, y sigo...

Sempre começar falando eu penso, foi a minha primeira dificuldade por aqui. Em português posso usar o acho, que me coloca em uma posição menos definida. Aqui, ainda não consegui criar sutilezas e meios termos. O que me deixa mais confortável é o fato de que eu não esperava nada, mas quando cheguei quase volto, por que até pra o pouco que imaginava me assustei de cara.

Bem, vou contar logo o primeiro impacto, depois as coisas melhoram.

Quando cheguei quase morri de desgosto, cansada depois de 12 horas trocando de avião e tentando dormir (no que fracassei até quase o último momento), cheguei no hostel que parecia lindo nas fotos. O quarto era mínimo e eu tropecei em tudo o que pude, além disso, a super lotação de 10 pessoas não deixava espaço pra mais nada. Quando cheguei ao hostel, na Viamonte, no centro, e entrei naquele quarto terível, dei de cara com um pé cor-de-rosa que passou a me perseguir na longa estadia de 4 dias por lá. Cansada, mas sem agüentar mais ver o pé do inglês saí pelo centro de Buenos Aires.

Bom, essa foi minha primeira viagem com direito a Dutty Free, e não comprei nada. Como amadora nesse tipo de coisa, coloquei uma roupa bem feia e aquele porta dólar que já virou parte do meu corpo. Quase morri quando descobri que o centro daqui é chique e caro. Eu parecia uma gringa louca de havaianas, e as Galerias Pacífico, meu ponto de almoço bem próximo ao hostel, abrigavam gente linda e bem vestida.

Comi, detestei o almoço (aqui você só tem direito a carne e um acompanhamento, que geralmente varia entre purê de batata e batata frita) e voltei para vestir algo decente. Meu primeiro passeio foi chique e anoréxico. Fui na Recoleta, andei na feirinha, no parque e no cemitério onde Evita foi enterrada. Fiquei sem paciência, não achei o túmulo famoso e sentei em um café com uma Quilmes bem grande. O dia estava quente, e a cerveja foi ótima. Beleza, voltei ao hostel e descobri que os argentinos são muito mais cafuçús do que eu pensava. Bonuda, estoy lôco, são expressões facilmente ouvidas por uma mulher que caminha na Recoleta.

De noite, Fábio chegou. Descobriu logo que os argentinos são excelentes fotógrafos e que o pé do inglês iria substituir a visão do Obelisco. Saímos, bebemos, e dormimos cedo, morrendo de cansaço. No mais, um péssimo começo e divagações cheias de encanto em torno de uma cidade que aos poucos foi se abrindo pra mim.

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